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Publicado em 05/08/2022

Cultura do algodão gera cerca de 1,5 milhão de empregos no Brasil

Em duas décadas o Brasil passou de um dos maiores importadores de algodão para o segundo maior exportador da fibra.


Uma fibra que representa toda a brasilidade. O algodão é natural, confortável, leve e tropical. Em pensar que há 20 anos o país era um dos maiores importadores da fibra. No ano passado, se consolidou como o segundo maior exportador e a meta é se tornar o primeiro até 2030. 


E os dados mostram que o Brasil segue no caminho certo. De agosto de 2020 a julho de 2021, a exportação de algodão totalizou 2,4 milhões de toneladas. Um crescimento de 23% com relação à safra anterior. As exportações geraram uma receita de US$ 3,8 bilhões. O Brasil, sozinho, vende mais do que os 14 países exportadores da África juntos. Hoje o país é o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da Índia, China e Estados Unidos.


E no cenário nacional, as empresas que produzem fios de algodão evoluem junto na cadeia produtiva, como é o caso da Incofios, de Santa Catarina. A empresa, do Grupo Rovitex, atua há 21 anos no segmento e também tem metas ousadas para crescer no mercado nacional e internacional. “Nossa participação no mercado internacional é de 6%. Hoje exportamos para países do Mercosul, como Peru, Colômbia, Argentina, Chile e Paraguai. Com a efetivação do novo parque fabril em Mato Grosso, queremos expandir o atendimento e chegar em 15%”, destaca o CEO da Incofios, Vitor Luiz Rambo Junior.


O parque fabril construído em Campo Verde, Mato Grosso, deve entrar 100% em funcionamento ainda no segundo semestre deste ano e a meta é atingir 3 mil toneladas/mês de produção, em conjunto com o parque de Santa Catarina. “Foram investidos R$ 150 milhões, em 20 mil metros quadrados de área construída. Foram 220 contratações diretas e investimentos em tecnologia de ponta, com maquinário europeu”, frisa.


Produto natural faz bem para a saúde do corpo e do meio ambiente


Apesar de o produto feito em algodão ter um valor agregado maior, a procura tem aumentado, pois o consumo consciente está cada vez mais presente entre a população.


Para a saúde do corpo, as roupas de algodão absorvem suor, mantendo, assim, um maior conforto térmico e possuem também baixa tendência a reações alérgicas e garantem toque macio à pele. 


Já a planta do algodão é utilizada em sua totalidade, desde as fibras mais acessíveis, às fibrilas em volta do caroço para a fabricação de fibras artificiais, passando pelo uso de seu óleo em cosméticos e sua semente na alimentação de animais. Além disso, toda peça 100% algodão, se devidamente destinada para reciclagem, pode voltar como matéria-prima para a fabricação de novas.


E a versatilidade em seu uso é apenas um dos diferenciais dessa fibra têxtil. O Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo. Essa sustentabilidade da cotonicultura é atestada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) desde 2013. Atualmente, 81% da produção nacional de algodão é certificada por altos padrões sociais, ambientais e em boas práticas agrícolas, exigidos pelo protocolo do programa ABR. 


Também vale ressaltar que mais de 90% das plantações de algodão dependem apenas da água da chuva para se desenvolver. O Brasil é campeão em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação. 


As escolhas sustentáveis estão mais presentes entre as novas gerações de consumidores, que visam um futuro melhor e exigem mais transparência de empresas e marcas a respeito do impacto ambiental de seus serviços. 


Fonte: Incofios