Promovemos a viabilidade técnica e econômica de um novo modelo para retomada do algodão no Paraná
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Há 30 anos, o Paraná era o maior produtor de algodão do país, mas pragas e condições climáticas desfavoráveis fizeram a maioria dos produtores abandonarem a cultura na década de 90.O estado já chegou a ter 700 mil hectares plantados de algodão, o que representava, na época, cerca de metade de toda a produção nacional.
Atualmente, a área plantada do produto no estado é de 1.200 hectares. O número é baixo se comparado com o auge do algodão no Paraná, mas a plantação em 2022 representa um avanço em relação ao ano passado, quando foram plantados 700 hectares.
O trabalho para retomar o protagonismo do estado é feito aos poucos. O objetivo da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) é que a produção chegue a 20 mil hectares em um longo prazo.
A meta da associação pode ser alcançada com a adesão de novos produtores à cultura do algodão.
O agricultor Fernando Ferreira, de Cambará, na região norte do estado, está investindo pela primeira vez no produto e tem cautela, mas já vê vantagens.
"Um dos fatores que me motivou foi a maior rentabilidade da cultura. O pessoal fica mais engajado, tem que estar mais vezes na lavoura e nos profissionalizamos mais também. Ao colocar uma planta nova no sistema, temos alguns benefícios em geral para a fazenda", disse.
Na propriedade de Fernando, o milho e a soja são os principais produtos. O algodão representa 2% da área de plantio do local.
Na safra atual, a produtividade do algodão está em queda por causa do período de estiagem no estado, mas foi menos atingida do que outras culturas.
Isso ocorre porque a planta gosta de pouca chuva, o que é vantajoso em período de seca.
O algodão colhido é utilizado na indústria têxtil e na produção de ração de animais e óleos.
Fonte: g1 PR